24 fevereiro 2025
Recentemente, realizou-se um estudo no Zoomarine, Portugal, que avaliou o impacto de um programa educativo na promoção de atitudes e comportamentos de conservação.
O estudo contou com 412 adultos e baseou-se num desenho experimental que comparou um grupo de controlo com um grupo de intervenção, ao qual foi apresentada informação sobre a situação crítica da vaquita, espécie em perigo. O objetivo principal foi verificar se a intervenção podia potenciar a “preocupação com a conservação”, integrando conhecimentos, sentimentos e intenções comportamentais orientadas para a proteção da vida selvagem. Para o efeito, utilizou-se uma escala que aferiu as dimensões cognitiva, afetiva e comportamental dos participantes, permitindo avaliar os efeitos imediatos e os de um seguimento realizado cinco meses depois.
Os resultados evidenciam que a intervenção foi bastante eficaz na transmissão de informação sobre o estado de conservação dos golfinhos, contribuindo significativamente para o aumento do conhecimento e da sensibilização dos participantes. A inclusão de dados sobre a vaquita reforçou ainda mais esta consciencialização, demonstrando o potencial dos programas educativos para promover um compromisso mais consistente com a proteção da biodiversidade.
Estas constatações revelam uma perspetiva positiva, sugerindo que as iniciativas deste género são fundamentais para melhorar a perceção pública e incentivar ações de conservação. Contudo, para que estes efeitos se tornem duradouros, é importante complementar a intervenção com estratégias educativas contínuas e abrangentes, que reforcem e consolidem a mudança de atitudes e comportamentos ao longo do tempo.
Ler artigo completo: https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/08927936.2025.2463212