Porto D'Abrigo
Centro De Reabilitação De Espécies Marinhas
Considerando ser um seu dever moral, e na ausência de uma estrutura física no nosso país, com profissionais especializados e dedicados à reabilitação de fauna marinha, o Zoomarine inaugurou em 2002 o Porto d’Abrigo do Zoomarine – o primeiro Centro de Reabilitação de Espécies Marinhas, em Portugal.
Assim, desde então e numa colaboração próxima com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, uma equipa zoológica multidisciplinar tem-se dedicado ao resgate, reabilitação e devolução ao meio natural de animais marinhos e aquáticos.
A Atividade
Resgate
Sempre que os meios logísticos e humanos o permitam, o Porto d’Abrigo do Zoomarine (Pd’AZ) dá apoio directo aos pedidos de socorro a animais marinhos vivos. Inicialmente, e via telefone, são dadas as recomendações de primeiros socorros a quem dá o alerta. De seguida, e caso se verifique adequado, segue uma equipa para o local, que avaliará a situação e prestará os cuidados necessários.
Reabilitação
Caso se verifique necessário, os espécimes em dificuldades são transferidos para o Pd’AZ para uma avaliação clínica e comportamental exaustiva, com vista à sua reabilitação e futura devolução ao meio natural. Durante essa reabilitação, os espécimes são alvo de um acompanhamento contínuo por parte dos profissionais do Pd’AZ e dos Serviços Veterinários do Zoomarine, no que respeita aos seus parâmetros sanguíneos, evolução de peso, dieta, e comportamento.
Devolução Ao Meio Natural
Após confirmação de que o processo de reabilitação clínica, nutricional e/ou comportamental está concluído, e de que o espécime em causa reúne as condições de sobrevivência no meio natural, o Pd’AZ procede à sua devolução. Sempre que possível, e adequado, a devolução ocorre o mais próximo possível da zona de onde o espécime foi resgatado, e onde a espécie a que pertence tenha distribuição identificada.
Apoio a arrojamentos mortos
Sempre que os meios logísticos e humanos o permitam, os técnicos do Zoomarine dão apoio a situações de arrojamentos de mamíferos marinhos e tartarugas marinhas mortos, recolhendo informação, que se pode revelar importante para o conhecimento das espécies.
A Equipa
O Porto d’Abrigo do Zoomarine (Pd’AZ) é constituído por uma equipa multidisciplinar, que abrange as diferentes áreas de intervenção na reabilitação de espécimes.
Com uma equipa permanente de dois Biólogos e uma Enfermeira Veterinária, o Pd’AZ conta ainda com a colaboração contínua de equipas de Medicina Veterinária, Controlo de Qualidade de água, Manutenção de Equipamentos, Informática, entre muitos outros que contribuem para o sucesso da reabilitação destes espécimes.
O que fazer
Em qualquer situação envolvendo o arrojamento de um espécime selvagem, as autoridades e/ou equipas de apoio à vida selvagem deverão ser contactadas de imediato.
Contactos 24h/dia, 365 dias/ano:
- SEPNA (Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente da Guarda Nacional Republicana):
808 200 520 | 217 503 080 - Abrigos (Rede de Apoio a Mamíferos Marinhos):
968 849 101
E recorde-se, em altura alguma se deve colocar em risco ou a terceiros. Ainda que debilitados, tratam-se de espécimes selvagens que, estando assustados, podem reagir agressivamente para se defender.
Consulte o panfleto informativo com as recomendações.
Essa base de dados é disponibilizada com regularidade a investigadores externos, que passam assim a contar com uma importante e única fonte de informação.
Um Final Feliz
Devolução ao meio natural
Após confirmação de completa recuperação clinica, nutricional e/ou comportamental e que todas as condições de sobrevivência no meio natural foram atinjidas, o Porto d’abrigo procede sempre à sua devolução. Seja devolução direta, em casos de espécies autóctones, ou em coordenação com organismos de reabilitação de espécies marinhas a nível internacional, onde exista distribuição identificada da espécie.
Conhece alguns exemplos das centenas de casos de sucesso que passaram pelo Porto d’abrigo:
Espécimes Irrecuperáveis
Por vezes, espécimes de outros centros de recuperação são dados como não candidatos a uma devolução ao meio natural. As causas podem ir desde a incapacidade física de sobrevivência no meio natural, a uma demasiada proximidade ao ser humano.
O Zoomarine colabora pontualmente com as autoridades portuguesas (e.g. Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas), no sentido de proporcionar um habitat adequado e com cuidados continuados a estes espécimes, que integrarão programas de educação ambiental, que visam a sensibilização para as ameaças de que são alvo as espécies a que pertencem.