03 março 2025
Face aos insuficientes financiamentos públicos, as ações de conservação promovidas pelos espaços zoológicos ganham importância acrescida.
Foi a 30 de dezembro de 2013 que a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o dia 3 de março como o Dia Mundial da Vida Selvagem.
Dedicar um dia por ano à vida selvagem do planeta pode até parecer um pequeno símbolo, mas o seu propósito é imenso – inspirar as pessoas e organizações para a conservação da biodiversidade!
O tema para este ano assenta no Financiamento para a Conservação da Vida Selvagem: Investindo nas Pessoas e no Planeta, deveras significativo quando consideramos o contexto atual de um mundo que está a mudar incessantemente e que necessita do suporte de cada um de nós.
Neste ano de 2025, o Dia Mundial da Vida Selvagem promete ser também uma plataforma de lançamento para o debate e análise de soluções inovadoras e inspiradoras para a conservação da biodiversidade, face aos desafios contemporâneos das nossas sociedades e governos.
A conservação ambiental sempre procurou compreender e atuar sobre as espécies e os ecossistemas, mas só recentemente começou a incluir outros elementos tão ou mais importantes, como a economia, a ética e a sociedade. Felizmente, a conservação vem cada vez mais sendo reconhecida como um conceito lato e existe uma maior consciência de que não é possível fazer conservação sem o apoio as pessoas.
São vários os exemplos de espécies resilientes que, de alguma forma, recuperaram graças a projetos de conservação, sendo autênticas provas vivas de que ainda existe esperança:
‘Alalā ou Corvo-do-Havaí (Corvus hawaiiensis) – De menos de 20 aves para cerca de 140 aves;
Búfalo-anão-de-Mindoro (Bubalus mindorensis) – De 154 animais para pelo menos 427;
Tiriba-de-peito-cinza (Pyrrhura griseipectus) – De cerca de 100 aves para cerca de 1.000 aves;
Peixe-tequila (Zoogoneticus tequila) – De 50 adultos para mais de 800 indivíduos;
Papagaio-de-crista-amarela (Ognorhynchus icterotis) – De 81 aves para cerca de 3.800;
Arara-azul-de-Lear – (Anodorhynchus leari) De 60 aves para cerca de 1.300.
Ao longo dos tempos, também muitos zoos e aquários deixaram de ser meros espaços de entretenimento e tornaram-se legítimos veículos de investigação científica, educação ambiental e conservação. Face aos insuficientes financiamentos públicos, estas ações de conservação dos espaços zoológicos ganham uma importância acrescida.
O Zoomarine apoia financeiramente vários projetos de conservação in-situ — World Parrot Trust, Marine Megafauna Foundation, Yaqu Pacha — bem como projetos ex-situ que se desenvolvem no próprio Zoomarine — através do Porto d’Abrigo, o nosso centro de reabilitação de animais marinhos, ou programas coordenados por Associações Europeias, que procuram manter populações saudáveis sob cuidados humano, contribuindo assim para a conservação da biodiversidade.
É essencial a colaboração de diversos parceiros para criar estratégias que despertem a empatia das pessoas pela natureza e a sua diversidade. Desta forma, tornar-se-á muito mais fácil despertar o interesse pela conservação das espécies.
“Our own survival depends on wildlife just as much as their survival depends on us”
(A nossa sobrevivência depende da vida selvagem tanto quando a sobrevivência dela depende de nós)
Portanto, celebrar o Dia Mundial da Vida Selvagem é um direito e um dever de todos!
Together, We Protect!