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23 outubro 2023

Estudo científico revela que a esperança de vida dos animais em zoológicos, nomeadamente mamíferos marinhos, é atualmente 1,65-3,55 vezes superior à dos seus congéneres selvagens. Tal como acontece com os seres humanos, estas melhorias ocorreram em simultâneo com avanços nas práticas de gestão, cruciais para o bem-estar da população.

Estudo completo disponível aqui: https://royalsocietypublishing.org/doi/10.1098/rspb.2023.1895

“Um intenso debate público alimentou as proibições governamentais de mamíferos marinhos mantidos em instituições zoológicas.

O debate assenta no pressuposto de que a sobrevivência em instituições zoológicas tem sido e continua a ser inferior à dos animais selvagens, embora as provas científicas que apoiam esta noção sejam equívocas.

Neste estudo, foram utilizados métodos estatísticos previamente aplicados para avaliar as melhorias históricas na esperança de vida humana e dados sobre 8864 indivíduos de quatro espécies de mamíferos marinhos (foca-portuária, Phoca vitulina; leão-marinho da Califórnia, Zalophus californianus; urso polar, Ursus maritimus; golfinho-roaz-comum, Tursiops truncatus) mantidos em zoológicos de 1829 a 2020.

Verificámos que a esperança de vida aumentou até 3,40 vezes e a mortalidade no primeiro ano diminuiu até 31%, durante o último século nos zoológicos. Além disso, a esperança de vida dos animais nos zoológicos é atualmente 1,65-3,55 vezes superior à dos seus congéneres selvagens.

Tal como acontece com os seres humanos, estas melhorias ocorreram em simultâneo com avanços nas práticas de gestão, cruciais para o bem-estar da população.

As decisões baseadas na ciência contribuirão para alterações legislativas efetivas e garantirão uma melhor aplicação dos cuidados a prestar aos animais.”

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